Publicações de 2012
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Dissertação - Adriano Gomes de Lemos
Influência de parâmetros oceanográficos e meteorológicos nos principais eventos de desintegração e fragmentação da plataforma de gelo WilkinsAutor: Adriano Gomes de Lemos (Currículo Lattes)
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Dissertação - Aline Barbosa da Silva
Variações na velocidade de fluxo de geleiras de maré da Península Antártica entre os períodos 1988-1991 e 2000-2003Autor: Aline Barbosa da Silva (Currículo Lattes)
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Dissertação - Caio Sampaio Fonteles
Sobre a variabilidade da Energia Cinética Turbulenta (EKE) nas correntes de contorno oeste dos giros subtropicais do Hemisfério Sul
Autor: Caio Sampaio Fonteles
Resumo
Este trabalho teve como objetivo estudar a variabilidade da energia cinética turbulenta (EKE) de três sistemas de corrente de contorno oeste do hemisfério Sul (HS): a Confluência Brasil-Malvinas (CBM), a Corrente das Agulhas (CA) e a Corrente Leste Australiana (CLA). Para a estimativa da EKE, foram utilizados dados altimétricos de anomalia de velocidade geostróficas e, ao mesmo tempo, beneficiou-se do produto altimétrico de topografia oceânica (MADT) para investigar as feições oceanográficas das regiões, entre 1992 e 2011. A variabilidade espacial foi investigada a partir de análises de composições em diferentes estágios energéticos da EKE (baixa, média e alta). Foram utilizadas tendências lineares, análises espectrais e de ondeletas para avaliar a variabilidade temporal da EKE, ainda foram feitas correlações cruzadas em relação a índices de modos de variabilidade climática. No geral, ficou marcado que no regime de baixas energias as correntes atingem sua maior extensão ao sul, no caso da Corrente do Brasil (CB) e da CLA, e a oeste na CA. O cenário mais energético ficou marcado pela presença de vórtices liberados pelas correntes e retração dos respectivos primeiros meandros de retroflexão. A EKE teve tendências de aumento significativas para a CBM e a CA, com 0,23 e 0,3 cm² s-2 por mês desde 1992, sendo na primeira um aumento mais monotônico ao longo do período. Na CBM, o aumento da EKE ocorreu provavelmente por duas causas: (i) o aumento da atividade de mesoescala relacionada a vórtices e (ii) devido a uma variabilidade interanual da posição média da CBM, relacionada com a intensificação dos campos de ventos de larga escala do HS. Na CA, a EKE teve aumentos significativos principalmente por dois períodos específicos, 1999-2001 e 2006-2008, onde devido à combinação do ciclo anual com dois modos de variabilidade interanual na região, SAM e ENSO, causaram uma migração anômala da posição da retroflexão para leste. A análise espectral e correlações cruzadas mostraram que a EKE está correlacionada com o ENSO, sendo uma evidência da modulação da mesoescala desta região por este modo de variabilidade climática. A CLA não mostrou tendências significativas na série de EKE ao longo dos últimos 18 anos. As principais frequências de variabilidades da EKE na CLA foram as entre 3 e 4 meses e a de 1 ano, relacionadas com os vórtices liberados pelo primeiro meandro da retroflexão e variação sazonal da posição da retroflexão, respectivamente. As frequências de modos como SAM e ENSO, apesar de não significativas, parecem ter papel na modulação da EKE na região da CLA, no entanto a alta atividade de mesoescala na região pode ter dificultado a identificação dessas modulações.
Texto completo: Caio_Fonteles_2012.pdf
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Dissertação - Christian Florian Göbel
Estimativa do balanço de massa da porção norte da Península Antártica pelo uso de imagens do sensor ASTERAutor: Christian Florian Göbel (Currículo Lattes)
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Dissertação - Fábio de Andrade Schroeder
A circulação oceânica do hemisfério sul no período Bolling-Allerod (14.000 anos antes do presente)Autor: Fábio de Andrade Schroeder (Currículo Lattes)
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Dissertação - Fernando Carvalho Magalhaes
Avaliação da influência da variabilidade temporal do vento no transporte e formação dos processos de mesoescala da Corrente do BrasilAutor: Fernando Carvalho Magalhaes (Currículo Lattes)
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Dissertação - Kayo Cezar Freitas Soares
Estudo da contribuição da variabilidade de mesoescala no transporte, transformação edestino final de um derrame de óleo na Bacia de SantosAutor: Kayo Cezar Freitas Soares (Currículo Lattes)
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Dissertação - Thayane Roberta Costa de Araujo
Estimativa do transporte longitudinal de sedimentos ao longo dos litorais médio e norte do Rio Grande do Sul utilizando modelos do SMCAutor: Thayane Roberta Costa de Araujo (Currículo Lattes)
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Dissertação - Virginia Luiz Cerqueira Santos
Estudo da dinâmica de geleiras de maré do Nordeste da Península Antártica através de imagens SAR de alta resoluçãoAutor: Virginia Luiz Cerqueira Santos (Currículo Lattes)
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Tese - Luiza Dy Fonseca Costa
Avaliação de metais na forma lábil no sedimento e na água de marinas e áreas portuárias de Rio Grande, RS, na Lagoa dos Patos sob influência do uso de tintas anti-incrustantes em embarcações
Luiza Dy Fonseca Costa (Currículo Lattes)
Resumo: Estuários e áreas costeiras recebem metais traço provenientes de atividades naturais e antrópicas. O comportamento dos metais traço na água e no sedimento em áreas estuarinas depende dos processos físico-químicos no meio. Áreas portuárias, de marina e estaleiros contribuem com metais provenientes de tintas anti-incrustantes de embarcações, cujos níveis de metais podem atingir concentrações elevadas na fração potencialmente biodisponível (lábil), tanto na água como no sedimento. O presente estudo visa determinar as concentrações de metais lábeis no sedimento, dissolvidos na água e no material particulado em áreas de marina, portuária e de estaleiro do estuário da Lagoa dos Patos em distintas épocas do ano e regimes hidrológicos. Os maiores teores de Cu e Zn no sedimento dos estaleiros estão de acordo com as concentrações dos elementos dominantes nas tintas anti-incrustantes. A alta correlação entre Cu e Zn no sedimento comprova que ambos os metais provêm das tintas anti-incrustantes. O estaleiro, com mais de 100 anos de funcionamento, se destacou com valores de Cu e Zn lábeis excedendo a Resolução No. 344 do CONAMA/2004 para o Nível 2, tóxico a biota, o Pb lábil esteve acima do Nível 1, possivelmente tóxico à biota. As concentrações de metais lábeis na água foram determinadas pela técnica de Gradientes Difusivos de Fina Membrana (DGT), na qual os amostradores passivos acumulam metais ao longo do tempo de exposição. As principais marcas de tintas anti-incrustantes utilizadas na região foram analisadas para determinar a sua composição em termos de metais traço. A exposição dos amostradores passivos foi realizada por 72h em sete locais junto ao estuário, 48h em um estaleiro com a maior concentração de metais lábeis na água e amostras de sedimento (<63µm) em oito locais, as tintas mais utilizadas na região também foram analisadas quanto sua composição metálica. Os estaleiros e marina foram os locais com maiores concentrações de Cu e Zn lábeis dissolvidas e na fração particulada na água, sendo a sazonalidade para ambos apenas observados em estaleiros. Uma forte correlação entre a fração lábil na água e o material particulado foi encontrada para o Zn. Nas 48h de exposição do amostrador no estaleiro, o Cu lábil indicou ser dependente da salinidade e do pH. Já o Zn esteve associado com o material em suspensão e o carbono orgânico particulado. Os teores de Cu lábil na água do estaleiro estiveram próximos às concentrações letais para fitoplâncton testado com Cu piritiona em laboratório, enquanto, que os teores de Zn lábil na água foram similares às concentrações de Zn piritiona, quando comparados com a literatura. Os resultados do presente estudo indicam a necessidade de aplicar diretrizes para a gestão dos resíduos gerados pelas tintas anti-incrustantes em estaleiros e marinas. Os dados obtidos servirão de base para estudos futuros com a fração lábil de metais traço no estuário, dado o alto desenvolvimento da construção naval na cidade do Rio Grande.
Palavras-chave: metal lábil, DGT, material em suspensão, sedimento, tintas antiincrustantes, estuário.