Tese - Leopoldo Rota de Oliveira

Energética do Atlântico sudoeste a partir de observações Lagrangeanas e de simulações do Parallel Ocean Climate Model

Autor: Leopoldo Rota de Oliveira (Currículo Lattes)

Resumo

A variabilidade de meso-escala e sua interação com o campo médio de escoamentoforam estudadas nesta tese com dados lagrangeanos superficiais oriundos da base dedados da NOAA (13 anos de dados) e simulações de modelo POCM (12 anos desimulações).Com base nos dados lagrangeanos, pode-se estimar os coeficientes de difusãoturbulentos de meso-escala para a região de estudo e os mesmos são compatíveis emordem de grandeza com a teoria da difusão de Taylor. A análise dos dados lagrangeanosainda nos possibilitou as estimativas das taxas de conversão barotrópicas de energia. Apartir destes resultados, conclui-se que os processos de conversão barotrópicos são ativos nas Correntes do Brasil (CB), Malvinas (CM) e Confluência Brasil-Malvinas(CBM).Contudo, existe uma diferença dinâmica nessas correntes, a qual foi identificada atravésdas taxas de conversão barotrópicas (BT) e baroclínicas (BC). Na CB, a taxa deconversão BT é no sentido da energia cinética média (ECM) para energia cinéticaturbulenta (ECT), enquanto que na CM o processo é no sentido contrário. A partir dassimulações do modelo POCM pode-se estimar os termos associados à energia potencial.Com relação ao termo de conversão BC sobre a CB, a conversão se dá no sentido daenergia potencial média (EPM) para potencial turbulenta (EPT), e existe dominância dotermo BC sobre o termo BT na região da CB, o que determina que seu jato médio é,preferencialmente, instável baroclinicamente. Na CM, o termo BC possui dominância nosentido de EPT para EPM. Esses resultados sugerem de que o campo turbulento de mesoescala pode atuar como uma forçante turbulenta do campo médio da CM, favorecendo seu equilíbrio dinâmico. Na região da CBM, a complexidade dos processos de conversão de energia tanto no nível barotrópico quanto baroclínico é visível em nossas estimativas, porém a magnitude do termo BC é mais expressiva sobre o BT, indicando que a maior parte da origem do campo turbulento é de caráter baroclínico. Um importante resultado sobre a CB, com base nos Digramas de Lorenz os quais avaliam os termos de conversões ao longo do seu eixo em direção sul, nos sugere que as magnitudes das taxas de conversões da CB são comparáveis as outras correntes de contorno oeste dos oceanos.

TEXTO COMPLETO

Palavras-chave: OceanografiaConfluência Brasil-MalvinasConversão barotrópicosProcesso de conversãoTaxa de conversão